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Para onde vai nosso lixo?

Marina Oliveira

Atualizado: 20 de abr. de 2021

Os materiais que levamos até as lixeiras e que para nós não serve mais, possui grande valor para quem depende dele para sobreviver, como os Catadores.

Antes, andavam de sol a sol pelas ruas buscando todo material que pudesse ser reciclado, para garantir a comida na mesa da família. Hoje, estão organizados em associações e recebem o material da coleta seletiva para então separar e vender, mas os desafios continuam: a conscientização da população em cuidar e separar o que vai para o lixo.

Realidade Nacional

O Brasil gera mais de 70 milhões de toneladas de Resíduos Sólidos Urbanos por ano, um montante de 214.868 toneladas diárias no país, segundo o Panorama de Resíduos Sólidos no brasil (2017), realizado pela ABRELPE.

Como se não bastasse, também somos o 4° país que mais produz plástico no mundo: cerca 11,3 milhões de toneladas. Deste número, mais de 10,3 milhões de toneladas foram coletadas (91%), mas apenas 145 mil toneladas (1,28%) são efetivamente recicladas. E não para por aí, a média global da reciclagem de materiais plásticos é de 9%, isso indica que ainda temos muito trabalho para conscientização da população.


E a coleta seletiva?

De acordo com o Anuário da Reciclagem, realizado pela Associação Nacional dos Catadores e Catadoras de Materiais Recicláveis, a Ancat, apenas 22% dos municípios do Brasil possuíam coleta seletiva pública, e cerca de 15% dos municípios possuem pelo menos uma Cooperativa ou Associação de Catadores de Materiais Recicláveis com incentivo público. Considerando a abrangência da ação de Cooperativas ou de coleta seletiva, 25% dos municípios possuem ao menos uma das formas de coleta. O mesmo estudo mostra que 39% da população não separam o lixo orgânico do reciclável e 81% sabem pouco ou nada sobre Cooperativas de Reciclagem. Veja:


Além disso, o Brasil possui a LEI Nº 12.305/10, que institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos, e prevê a prevenção e a redução na geração de resíduos e institui a responsabilidade compartilhada dos geradores. Entre as metas, inclui o incentivo à criação e ao desenvolvimento de cooperativas ou de outras formas de associação de catadores de materiais reutilizáveis e recicláveis.

Já o número de catadores do país, segundo o Cataki, é de 800.00, que são responsáveis por separar 90% do que é reciclado no Brasil e sobrevivem com a baixa renda da venda desses materiais (o papelão e plástico valem cerca de R$0,20 já o vidro R$0,05 o kg).


Realidade Local

Em Chapecó, segundo dados da Prefeitura, existem 15 associações e cerca de 170 famílias que dependem da reciclagem como fonte de renda. Por mês, a cidade recicla 500 toneladas de lixo, o que significa apenas 10% do lixo coletado. Disso, apenas 40% do que chega as associações são aproveitados pelos recicladores.

Ser solidário rende!

Em nosso app temos, além dos hábitos de destinação correta de alguns materiais, a atividade de Doação, destinada para que a população possa exercer a solidariedade doando peças de roupas, calçados e alimentos. Tudo que arrecadamos é doado para instituições, como as cooperativas de catadores da cidade. Até agora, já doamos mais de 4 mil peças (entre roupas e calçados) para 06 associações da região:

  • - Cooper São Francisco - VILA ESPERANÇA/ EFAPI - 684 peças de roupas e 56 pares de calçados;

  • - Associação dos Catadores Esplanada - ESPLANADA - 756 peças de roupas e 51 pares de calçados;

  • - Associação Leopoldo Sander - ELDORADO - 671 peças de roupas e 70 pares de calçados;

  • - Associação dos Catadores de Materiais Recicláveis de Chapecó (ASMAC) - 626 peças de roupas e 48 pares de calçados;

  • - Associação de Catadores Acmarc, do bairro São Pedro, 587 peças de roupas e 50 pares de calçados.

  • - Associação de Catadores Asmavi - 546 peças de roupas e 55 pares de calçados.


Agora que entendemos um pouco a situação do lixo reciclável no Brasil e em Chapecó, que tal algumas dicas de como destinar corretamente os resíduos gerados na sua casa?

 

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